Animes de 2019 ― Parte 2

Made in Abyss

Diferente daqueles animes que eu queria assistir esse é diferente: esse eu só assisti porque eu resolvi ver os animes que estavam disponíveis na HIDIVE para ver se o serviço era bom ou não. Ele foi uma surpresa para mim: embora ele comece parecendo que vai contar apenas a história sobre o cotidiano de algumas crianças a cada episódio um mistério vai surgindo e o anime vai ficando cada vez mais e mais envolvente.

No fim gostei muito do anime e até achei estranho que ninguém tenha me falado dele antes. Não é que ele não seja popular, ele é, mas ninguém tinha me falado dele ainda. Acho que evitaram falar para não dar spoilers, o que faz sentido. Ainda que esse não seja o tipo de anime que eu gosto estou esperando sair o terceiro filme, que é o que continua a trama. O mistério é forte.

Hisone to Maso-tan

Assim como Made in Abyss esse resolvi assistir por causa do serviço, nesse caso a Netflix. Esse é um dos poucos que assisti dublado, já que é um diferencial da Netflix. Gostei da tradução deles (exceto pelo fato que não traduziram as músicas).

O que me mais me marcou nesse anime é (que coincidência) a música de encerramento. Ela é muito animada! O enredo em si é interessante, fala da Hisone, da superação dela, fala de romance, fala de gente doida. É divertido.

Kuragehime

Já deu para perceber que eu gosto de comédias românticas, não deu? Pois é, gostei muito de Kuragehime. Ele fala sobre um grupo de garotas estranhas: todas elas são viciadas em alguma coisa, ou seja, elas são otakus, no conceito original de otaku. Uma gosta de trens, outra de coisas militares, outra de bonecas, outra gosta de águas-vivas.

Um dia aparece uma pessoa na vida dessas garotas que as ajuda a verem a vida de um jeito mais bonito e alegre, sem que elas deixem de ser elas mesmas. Não é apenas uma comédia romântica, é a bela história da princesa água-viva.

Saiki Kusuo no Ψ-nan

Esse anime sempre foi um problema para mim porque todos os sites que organizam animes listam ele com 120 episódios mas ele nunca está disponível dessa forma, só em 24 episódios. Como eu tenho mania de automatização precisar atualizar ele manualmente seria muito chato.

Um dia achei uma solução para esse problema (usando os meus scripts, acho que não funciona no Taiga), então resolvi assistir. Aí eu quando eu fui assistir descobri que o meu script tinha um problema – ou melhor – o meu celular tem um problema: ele trava quando roda os frames com os nomes dos episódios. Consegui contornar esse problema também.

No fim das contas é uma comédia muito interessante, não tem tantas referências (se compararmos com Gintama) porém faz várias piadas sobre clichês de animes, tanto em geral mas principalmente animes de super-heróis.

Gostei muito dele e desejo sorte para quem quiser assistir.

Ramen Daisuki Koizumi-san

Eu chamaria esse anime de "Koizumi, a viciada em lámen". Em resumo mostra a vida de uma garota que praticamente só come lámen, se possível no café da manhã, almoço, lanche e janta; já comeu todos os sabores diferentes de lámen de várias lojas, sabe truques para pegar um lámen instantâneo e deixá-lo gostoso, sem contar que ela não mede esforços para comer lámen, algumas vezes ela até viaja quilômetros para comer o lámen de alguma região específica que ela está com vontade.

Ela é uma viciada. Tenha cuidado: você não é um personagem de anime e se você seguir o exemplo dela os riscos de obesidade são altos.

O anime também mostra uma garota que é obcecada pela Koizumi. Ela não mede esforços e fica seguindo ela por onde quer que ela vá, não importa se ela não tem dinheiro para pagar as contas, não importa se ela achou a Koizumi aleatoriamente em uma cidade qualquer. As duas são doidas.

Nagasarete Airantou

Em 2015 comecei um projeto para tentar pegar animes hardsub e transformar em softsub automaticamente usando tudo o que eu poderia usar: OCR, CV e até redes neurais. Um dos animes que foram escolhidos para esse projeto foi – por sugestão do Zero – Airantou.

Esse projeto não deu certo: descobri que haviam vários erros na tradução original desse anime e por isso era melhor que esse anime fosse traduzido novamente. O mesmo pode ser dito de outros animes similares: como animes hardsub são mais difíceis de serem corrigidos é natural que eles tenham centenas de erros.

O projeto não foi para frente, mas resolvi assistir o anime de qualquer jeito, e gostei dele. No início ele tem uma cara de anime ecchi (embora, infelizmente, não apareça nada de ecchi) e achei interessante que quem fez a voz da protagonista foi a famosa Yui Horie.

Ele fala sobre um garoto que, no meio de uma tempestade, foi parar em uma ilha que é quase impossível de sair. Por alguns motivos nessa ilha só há mulheres e, claro, ele se tornou o objeto de desejo de todas.

Como já avisei, é um anime que poderia ter tudo para ter ecchi mas não tem. Considerando que é uma ilha só de mulheres eu não me surpreenderia se uma boa parte delas ficasse quase sem roupa naturalmente (ou até completamente sem roupa mesmo, dependendo do que estivessem fazendo, o que achassem mais confortável). É uma ilha quente, não é? Só tinha mulheres, não é? Não tinham motivos para ter vergonha, não é?

Mas não é isso o que aconteceu: esse é um anime sério. De qualquer forma no fim das contas é bem divertido.

Kareshi Kanojo no Jijou

Karekano é uma montanha russa: ele começa muito bem mostrando o relacionamento de uma garota que se esforça ao máximo nos estudos e um garoto que, também, se esforça ao máximo nos estudos, se tornam rivais, aprendem mais um sobre o outro até o ponto que podemos dizer que esse anime é um romance, o que é previsível pelo nome.

Por outro lado a cada episódio que foi passando parece que a produção do anime foi ficando com cada vez mais e mais problemas, até o ponto onde precisaram mudar a equipe (ou o diretor, não lembro) e depois disso só foi uma queda brusca. O anime deve pelo menos dois episódios só com recapitulações, a qualidade da animação no último episódio caiu tanto que nem coloriram os desenhos e, para fechar, deixaram o final do anime aberto.

Já se passaram duas décadas desde que esse anime foi ao ar e até agora nenhum sinal de uma segunda temporada ou de uma segunda versão desse anime. É uma pena. É bom assistirem o anime porque as músicas são boas e há alguns pontos positivos. Podem pular as recapitulações pois elas não adicionam nada. Depois de assistir leia o mangá (no momento só li o primeiro capítulo, parece bom).

Maison Ikkoku

Esse é o anime do ano, tanto porque gastei quase um ano para terminar quanto porque é talvez o melhor que assisti.

Não foi fácil: é um anime de 1986, logo é complicado encontrar ele para assistir. Achei duas versões: uma leve e 720p, mas bem ruim, com uma estilização péssima; outra pesada, 1080p, FLAC, mas com uma estilização melhor. Fiquei com a segunda, mas para compensar diminui o ritmo.

Conta a história de um jovem começando pelo momento que ele tenta passar em um vestibular. Durante todo o anime ele foi atormentado pelos seus vizinhos. Estes amam fazer festas no quarto dele e fazer ele pagar as contas. Mas a pessoa que mudou a vida dele e o deu um motivo para enfrentar seus problemas foi a dona do lugar onde estava se hospedando.

Como outros romances da Rumiko-sensei esse é bem divertido. Nos primeiros vinte episódios ou algo assim não consegui deixar de confundir o Godai com o Ranma, a Kyouko com a Akane e o Mitaka com o Ryoga. É um belo anime.