Michiko to Hatchin

Uma mistura de tudo que não é japonês acompanhado de samba e carnaval,
MPB e amazônia, touradas e sertanejo, favelas e funk. História de
mulheres guerreiras que vivem no conflito e lutam sem precisar de seus
príncipes encantados.

Hana Morenos: uma menina que mora com a família de um padre. Nela ela se
torna a serva, sendo constantemente desprezada pelos filhos dele, pela
mulher dele e, principalmente, pelo próprio padre, que só interessava
pelo dinheiro da pensão dela.

Michiko Malandro: o nome dá uma boa dica a respeito dela. Ela saiu da
prisão e, com a polícia atrás dela, pegou uma moto e foi atrás da filha
e do pai dela. Chegou na casa do padre e como se fosse a heroína da cena
tirou ela da opressão que estava.

Claro que não foi lindo assim: a pequena nem sabia que ela era mãe dela,
nem a mãe tinha certeza. Só tiveram certeza quando a Hana, que da mãe
ganhou o apelido de Hatchin, mostrou uma tatuagem que elas tinham.
Aliás, de laços familiares nenhuma quis ter: ambas só se chamam uma a
outra pelos apelidos.

Juntas elas foram atrás do pai dela, que Michiko dizia ser uma boa
pessoa porém que fugiu dela quando eles eram jovens. Haviam poucas
pistas: uma hora parecia que ele ainda morava na favela, outra hora ele
apareceu na televisão, outra no jornal. Quem era quem elas não sabiam,
mas foram atrás deles até encontrá-lo.

Claro que mesmo com toda essa história sentimental a polícia e as
gangues não param, ambos atrás delas, com eventuais acordos que
permitiram que elas continuassem viagem. Acabaram se separando algumas
vezes, mas só por pouco tempo.

Uma história que descobri através da minha irmã, que não é por isso que
vou considerar a melhor possível. Há vários problemas na história, só
que mesmo assim é divertido: mostra que com toda essa força que temos,
realmente, nada pode me parar agora.