Pregação e inspiração

No último mês teve dois cultos que participei que onde ninguém se converteu, o que eu acho bem esquisito. Uma vez a cada dois ou três meses já é um sinal ruim, mas duas vezes em um mês? O que estaria acontecendo?

Seria que menos pessoas estejam interessadas em visitar os cultos ultimamente? Ou que menos pessoas estejam sendo convidadas? Não sei, por outro lado tenho uma séria impressão que é mais fácil para o pessoal do Kurzgesagt juntar o povo daqui da cidade do que eu conseguir chamar um visitante.

Por outro lado há pontos nas pregações desses dois cultos que quero notar:

A primeira pregação não era muito uma pregação, era mais uma oratória de grupo de WhatsApp onde vídeos do YouTube foram mais citados que a Bíblia e o nome de Jesus ficou em segundo plano para a adoração aos santos e aos famosos. Na verdade, se houve alguma citação da Bíblia que eu me lembre, foi do velho testamento, pois as palavras de Jesus não caberiam naquela palavra. Se houve alguma conversão naquele culto foi para o deus que foi pregado naquela palavra, que não é o meu.

Será que houve alguma inspiração do Espírito Santo naquilo? Se teve foi a inspiração de Faraó: “Mas eu vou fazer com que o rei fique teimoso e farei muitos milagres e coisas espantosas no Egito.” Adianta orar para aquela gente? Não, é como foi dito nos tempos de Jeremias: “Jeremias, não ore a mim por este povo, nem me peça nada em favor dele. Quando eles estiverem em dificuldades e me pedirem socorro, eu não ouvirei.”

Curioso é que esse último versículo caiu em um culto doméstico não faz muito tempo então acredito bem que ele se refira a essa situação. Aqui em casa, os versículos são escolhidos de forma aleatória que nem era com o Urim e Tumin. O nosso Urim e Tumin é digital usando o Math.random() do JavaScript e o timing entre apertar os botões. Moderno! Voltando ao assunto…

A segunda pregação foi – por outro lado – bem interessante: pareceu que o Jorge Bevilacqua tinha largado de ser comediante e resolveu virar pregador mas não conseguiu largar de fazer piadas. A forma que ele gesticulava parecia o ator, a aparência parecia o ator, ele abriu em um versículo que na tradução de Almeida – apesar dele ser de Portugal a tradução dele é uma das mais famosas e usadas – tinha uma palavra que no Brasil é obscena e ficou comentando isso! Minha irmã até ficou toda curiosa querendo saber que palavra era essa e eu fiquei com curiosidade também e peguei a minha bíblia para conferir. Ele também ficou incluindo um monte de curiosidades que – para mim – acho que serviram mais de curiosidade e não foram muito construtivas. Ainda, quando ele comparou o que ele achou no YouTube e falou de forma que deu a entender – pelo menos foi o que entendi – que os católicos estavam fazendo melhor do que os evangélicos, não pegou muito bem. Ficou uma pregação muito zoada! Só falta o pregador ter sido o próprio Jorge Bevilacqua e eu não notei. Não lembro mais o nome do pregador agora.

Será um sinal de que a igreja está esfriando? Sei lá. Nesses dois cultos até pensei “ainda bem que não chamei nenhum visitante hoje, senão teria uma má impressão da gente” mas é complicado. Notei que algumas pessoas deixaram de vir nos últimos cultos e me pergunto se é por causa desses assuntos que resolveram se afastar. É bom que nos cultos de jovens sempre tenha comida para as visitas, mas espero que esse não seja o único motivo para vir. Apesar que já notei pelo menos um visitante que certa vez só apareceu na hora do rango.

Há um ponto bíblico que achei interessante nessa segunda pregação, mas já escrevi muito, fica para outra postagem.